Declaración pública en repudio al asesinato de Rodrigo Morales, ativista mexicano

Rodrigo Morales, México. © Redes sociales.

(Inglês abaixo)
6 de setembro de 2021.

Las organizaciones firmantes manifestamos nuestro total repudio pelo asesinato de Rodrigo Morales Vázquez cometido el jueves 2 de setembro em Cuernavaca, capital de Morelos no México. Desde 2008 Rodrigo fue un férreo opositor al funcionamiento del tiradero de Loma de Mejía, um cargo de la firma PASA, responsables de la recolección de basura de Cuernavaca, el que fue reabierto y ahora operado por la empresa Trideza y KS pese a la oposición de la comunidad al no cumplir con la Manifestación de Impacto Ambiental (MIA), ni con los requisitos requeridos por la autoridad.

Este caso tiene un largo historial. Em 2008, a comunidade se opõe à construção do botadero, cuyas obras sem embargo futuro concluidas un tiempo después, em 2010 a administração municipal ordenou a cidade por las afectaciones ambientales a la ciudad.

La reciente reapertura del botadero reanudó las protestas, ya que la comunidade expone que el relleno de Loma de Mejía está contaminando os mantos freáticos y el Glacis de Buenavista. Rodrigo fue parte da resistência social de manera muy ativa durante todo o processo e nas ocasiões distintas levantó a voz para señalar a corrupção e acciones indebidas detrás deste projeto. Al mismo tiempo, se dedicaba a la fotografía y administraba un centro de acopio de residuos donde logró emplear a varias personas.

Este domingo, pepenadores, amigos e familiares despidieron a Rodrigo. “No vamos a dejar que el centro de acopio desaparezca, mostro”, prometieron.

El asesinato de Rodrigo sacude uma vez mais a los ambientalistas de toda a região e uma violação a los derechos humanos e um ato de feroz intimidación que não se produz em um contexto aislado. Es urgente en América Latina garantindo os derechos para a participação pública nos processos de tomada de decisões ambientais e contribuindo ativamente para a criação de condições para a proteção do derecho de cada pessoa, das gerações presentes e futuras, um defensor su territorio y vivir en un medio ambiente sano.

Este ato bárbaro contra Rodrigo es una prueba más de la urgencia de detener el gigantesco e inescrupuloso negocio detrás de la gestión de los residuos en nuestro continente, orientado a la ganancia al corto plazo, alejado de la visión comunitaria, participativa y de protección de la naturaleza que son parte das estrategias de basura cero que promovía Rodrigo y por la que trabajan muchos activistas en la región.

Exigimos justiça para Rodrigo y que se esclareça los hechos alrededor de su asesinato.

Não a la privatización de la basura.

Sim a la cooperación, participación y manejo bajo los principios de basura cero en nuestra región.

Signatários:
GAIA, que reúne a 800 organizações
BFFP, que reúne a 2300 organizações
RedLacre, que representa a los y las recicladoras de base da América Latina
Mais sobre a vida de Rodrigo clique aqui
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DECLARAÇÃO PÚBLICA
ORGANIZAÇÕES CONDENAM O ASSASSINATO DE RODRIGO MORALES, ATIVISTA MEXICANO.

 

Setembro 6, 2021.

As organizações signatárias expressam seu repúdio total ao assassinato de Rodrigo Morales Vázquez cometido na quinta-feira, 2 de setembro, em Cuernavaca, capital de Morelos, no México. Desde 2008, Rodrigo foi um ferrenho opositor da operação do aterro Loma de Mejía, dirigido pela PASA, empresa responsável pela coleta de lixo em Cuernavaca, que foi reaberto e agora operado pela empresa Trideza e KS apesar da oposição da comunidade, como o fez não cumprir com o Estudo de Impacto Ambiental (MIA), nem com as exigências das autoridades.

Este caso tem uma longa história. Em 2008 a comunidade se opôs à construção do lixão, cujas obras foram concluídas algum tempo depois, e em 2010 a administração municipal ordenou o fechamento devido aos efeitos ambientais na cidade.

A recente reabertura do aterro renovou os protestos, pois a comunidade expôs que o aterro Loma de Mejía está contaminando as camadas de água subterrânea e o Glacis de Buenavista.

Rodrigo teve um papel ativo durante a resistência social ao longo do processo e em diversas ocasiões levantou a voz para apontar a corrupção e as ações indevidas por trás desse projeto. Ao mesmo tempo, gostava de fotografia e dirigia um centro de coleta de lixo onde empregava várias pessoas.

No último domingo, catadores de lixo, amigos e familiares se despediram de Rodrigo. “Não vamos deixar o centro de coleta desaparecer, irmão”, prometeram.

O assassinato de Rodrigo mais uma vez abala ambientalistas de toda a região e é uma violação dos Direitos Humanos e representa um ato de intimidação feroz que não ocorre em um contexto isolado. É urgente na América Latina garantir o direito à participação pública nos processos decisórios ambientais e contribuir ativamente para a criação de condições para a proteção do direito de cada pessoa, das gerações presentes e futuras, de defender seu território e de viver em um ambiente saudável.

Este ato bárbaro contra Rodrigo é mais uma prova da urgência de parar o gigantesco e inescrupuloso negócio da gestão de resíduos no nosso continente, orientado para o lucro a curto prazo, sem a participação da comunidade e com a visão de proteção da natureza que faz parte das estratégias de zero resíduos promovidas pela Rodrigo e para o qual muitos ativistas da região estão trabalhando.

Exigimos justiça para Rodrigo e que sejam esclarecidos os fatos que envolveram seu assassinato.

 

Não à privatização de resíduos.
Dizemos Sim à cooperação, participação e gestão sob os princípios do desperdício zero em nossa região.

 

Signatários:
GAIA, que reúne 800 organizações
BFFP, que reúne 2,400 organizações
RedLacre, que representa catadores de lixo de base na América Latina